segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Governo elevará teto para compra do imóvel com FGTS .

Na busca de estimular a economia e, principalmente, o setor de construção civil, o governo vai elevar de R$ 500 mil para R$ 750 mil o valor máximo dos imóveis que o trabalhador pode comprar utilizando seu saldo do FGTS, tanto à vista como financiado dentro do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que tem juros menores.

A medida inicialmente vai valer para alguns Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Distrito Federal. Nos outros Estados, o valor máximo passará para R$ 650 mil.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira em reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) e vinha sendo reivindicada por construtoras. O anúncio deve ser feito em breve.

A última atualização do teto foi autorizada pelo governo em 2009, quando o valor máximo passou de R$ 350 mil para R$ 500 mil.

REGRAS

O dinheiro do fundo pode ser usado para pagamentos à vista na compra de um imóvel ou para amortizar parcelas do financiamento.

O FGTS só pode ser usado na compra de moradia na cidade ou região metropolitana onde o comprador já resida ou exerça a principal atividade profissional.

Outra regra importante é que a pessoa não pode ter outro financiamento imobiliário pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação) no país, nem ser proprietário de imóvel na mesma cidade ou região metropolitana.

Além disso, o comprador precisa estar há mais de três anos --consecutivos ou não-- sob o regime do FGTS e o imóvel não pode ter sido objeto de aquisição com o fundo há menos de três anos.

O trabalhador pode acompanhar o saldo da conta pela internet, pelo celular, em uma das agências da Caixa ou receber em casa o extrato dos lançamentos realizados.

O dinheiro depositado todos os meses pelo empregador na conta do funcionário rende só 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial). Portanto, é muito comum ficar abaixo da inflação (6,7% no acumulado dos últimos 12 meses), o que significa que o montante perde poder de compra ao longo do tempo.

Por isso, a dica de especialistas é que o dinheiro deve ser sacado na primeira oportunidade, o que pode ser feito também na demissão sem justa causa e na aposentadoria, por exemplo.



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Financiamento imobiliário supera crédito pessoal para as famílias.

O estoque total dos financiamentos imobiliários concedidos às famílias no país chegou a R$ 314,9 bilhões em agosto. Com isso, passou pela primeira vez o saldo do crédito pessoal, que alcançou R$ 311,5 bilhões no mês passado, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta sexta-feira (27).
A ultrapassagem era esperada e, em julho, a diferença ficou em menos de R$ 2 bilhões. O financiamento imobiliário com recursos direcionados, que corresponde às linhas concedidas partir dos depósitos de poupança e do FGTS, havia atingido R$ 307,8 bilhões. Já o crédito pessoal com recursos livres, que inclui os financiamentos consignados, chegara a R$ 306 bilhões.
Para Tulio Maciel, chefe do departamento econômico do BC, é possível que o crédito imobiliário siga como a linha mais importante para as famílias daqui para frente.
"Dada as taxas de crescimento, na margem, essa diferença tende a persistir", afirmou. Nos doze meses findos em agosto, o imobiliário avançava 35%, quanto o crédito pessoal 15,1%.
Na avaliação da autoridade monetária, essa mudança de perfil é positiva.
"As famílias estão constituindo patrimônio e saindo do aluguel. Tem aspecto relevante. É um investimento da família", afirmou.
O avanço fez com que o crédito imobiliário chegasse a 7,8% do PIB (Produto Interno Bruto). Muito distante ainda do patamar visto em países desenvolvidos, onde a proporção supera os 50%, segundo Maciel.
"O padrão internacional é bem mais elevado sem dúvida. Significativamente mais alto", afirmou.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mercado imobiliário segue forte expansão até 2015, afirma especialista.

O mercado imobiliário brasileiro começa a ganhar destaque internacional. Os investidores estão focados no Brasil e avaliam as possibilidades graças ao bom desempenho observado desde 2007.
Alexandre Lafer Frankel, CEO da Vitacon Incorporadora e Construtora, explica que a queda nas taxas de juros e consequente redução da rentabilidade das aplicações financeiras, certamente farão aumentar a busca por imóveis residenciais e comerciais como alternativa para obtenção de maior rentabilidade. “Além da atratividade da renda, acredito em uma forte apreciação dos ativos imobiliários uma vez que o mercado continuará em expansão ao longo dos próximos três anos”.
Frankel destaca que o mercado imobiliário, através dos fundos de investimentos que se popularizaram nos últimos anos, está se consolidando como a melhor alternativa na hora de investir, já que conta com a liquidez da bolsa, uma administração profissional, além de vantagens tributárias, apesar da “cultura do brasileiro continuar vinculada à escritura do imóvel” – destaca.
Fazendo uma alusão aos imóveis, Frankel destaca que muitos investidores preferem o controle e a clareza ao adquirir diretamente ações e títulos públicos, às complexidades regulatórias, taxas, excesso de estruturas e sistema rígidos dos investimento em fundos. Para aqueles que optarem pelo imóvel o empresário recomenda “as unidades compactas em locais prime que agreguem mobilidade urbana, tecnologia, praticidade e consequentemente liquidez, além da excelente rentabilidade”.

fonte: http://www.portalvgv.com.br

Estoque de imóveis em SP está equilibrado, diz Secovi.

De acordo com sindicato, estoque na capital estava em torno de 17 mil unidades até julho, volume próximo à média histórica de 18,1 mil unidades.


São Paulo - O estoque de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo está em um nível controlado, na avaliação do economista-chefe do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Celso Petrucci. Até julho, o estoque na capital paulista estava em torno de 17 mil unidades, volume próximo à média histórica de 18,1 mil unidades, de acordo com dados do sindicato. "Estamos com mercado equilibrado em termos de lançamentos e vendas", disse Petruccinesta sexta-feira, 20, durante palestra com empresários e analistas do setor.

O economista acrescentou que, nos últimos 12 meses, foram liberadas licenças para a construção de 42 mil unidades em São Paulo. Ele também avaliou que é necessária a construção de 30 mil a 35 mil por ano para atender a demanda do público consumidor na cidade. "O mercado vem atravessando um momento saudável. A movimentação nos plantões de venda é grande", completou, explicando que o setor imobiliário tem mostrado um desempenho positivo e destoado das previsões para o desempenho da economia brasileira como um todo.
Petrucci reiterou a projeção do Secovi-SP de que os lançamentos devem crescer entre 15% e 20% em 2013, enquanto as vendas devem aumentar até 30%. Ele disse que o mercado imobiliário é promissor no longo prazo, tendo em vista as boas condições de emprego e renda da população, além da oferta de crédito imobiliário. Ele também lembrou que o País tem um déficit habitacional relevante, o que alimenta a demanda por imóveis.
Em relação a preços, Petrucci estimou que a trajetória de alta continue, mas de forma mais acomodada, em linha com o aumento dos custos de construção, como mão de obra e insumos.
O presidente da Brookfield Incorporações, Nicholas Reade, acrescentou durante o evento, que o Brasil não vive uma situação de bolha imobiliária, como questionam muitos investidores estrangeiros. Ele observou que o loan to value (LTV, razão entre o valor dos financiamentos e o valor dos imóveis) no País varia entre 60% e 70%. Isso significa que os compradores de imóveis dão uma entrada de 30% a 40% no momento da aquisição, o que é um sinal importante de compromisso com o negócio. "Nos Estados Unidos, durante a crise, o LTV estava em 95%", frisou Reade.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Não há evidências de bolha imobiliária no Brasil, diz estudo.

Levantamento comparou o Brasil com sete países nos quais houve crise imobiliária.
Um estudo realizado pela Bain &Company, intitulado “Risco de bolha ou motor de crescimento?”, chegou à conclusão de que não há evidências de bolha imobiliária no Brasil. O levantamento comparou o Brasil com sete países nos quais houve crise imobiliária (Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Irlanda, Portugal e Reino Unido) e constatou que há pontos de atenção, mas não existe formação de bolha.
“Os principais pontos de atenção são o nível atual de comprometimento de renda, que vem se aproximando de uma zona mais crítica, e a valorização dos imóveis, cujos preços cresceram com o dobro da velocidade do crescimento da renda familiar. Ainda assim, a dimensão de bolha que poderia se formar seria pequena, dado o peso relativamente baixo do preço dos imóveis quando comparado renda anual familiar e a baixa penetração de crédito imobiliário como percentual do PIB”, analisa o sócio da Bain & Company e autor da pesquisa, Rodolfo Spielmann.
Indicadores
Em seu estudo, a consultoria acredita que, além da percepção de aumento de preços, diversos outros indicadores devem ser acompanhados para melhor definir a existência ou ausência de uma bolha imobiliária, bem como as potenciais dimensões de seu desenvolvimento e o que serve de gatilho para que ela estoure.
Dentre todos os países estudados, uma característica comum aos que mais sofreram com a crise imobiliária foi a expectativa irreal de valorização contínua dos imóveis. Crença que leva as pessoas a investirem cegamente no mercado imobiliário, forçando a um aumento ainda mais especulativo dos preços e à criação de bolha, visto que descola os preços dos fundamentos da oferta e demanda.
Outro fator relevante para melhor entender os princípios da formação de uma bolha é o crédito imobiliário. Ou melhor, as condições oferecidas para o mesmo, medidas pelo percentual do valor do imóvel que é financiado, conhecido como “Loan to value ratio” ou LTV.
Segundo o levantamento, nos países mais impactados pela recente crise financeira, financiava-se mais de 75% dos valores dos imóveis e, em casos extremos, era possível financiar até 130% do valor do imóvel, o que permitia além do pagamento da propriedade, mobiliá-la, por exemplo. Nos Estados Unidos, em 2007, quase 1/3 dos imóveis novos financiados tinham LTV maior que 90%. Na Irlanda, no mesmo ano, um a cada seis imóveis novos financiados contavam com LTV maior que 95%.
“A nossa análise indica que, em situações nas quais o LTV médio dos empréstimos imobiliários supera 65%, os riscos aumentam significativamente. A partir de 75%, passam a um nível crítico. Nos financiamentos com LTV muito alto, o valor da dívida que o proprietário tem com a instituição financiadora pode ficar maior que o valor do imóvel no eventual caso de uma queda significativa de preços. Isso pode servir à inadimplência e agravar a crise”, diz Spielmann.
Prazos
Além do crescimento do LTV médio de novos financiamentos, nos países que sofreram com bolha, as políticas de crédito eram pouco criteriosas e os produtos tornaram-se excessivos. Para se ter ideia, nos Estados Unidos e Espanha havia a possibilidade de realizar um empréstimo por meio do “interest-only loans”, ou seja, financiamentos nos quais o cliente tomador pagava somente juros, nos primeiros seis meses a dois anos. Outro exemplo foram os chamados “Ninja Loans” oferecidos nos EUA, concedidos a pessoas sem rendimentos mensais comprovados, sem emprego e sem ativos.
No Brasil, por outro lado, avalia o estudo, não existem atualmente créditos imobiliários com carência para pagamento de principal e os processos de concessão de crédito se mostram bastante rigorosos por parte das instituições. Além disso, o LTV médio se encontra na faixa de 64%, o que, apesar de próximo dos 65%, que indicaria atenção, ainda não é, na opinião da consultoria, uma situação crítica.
Acessibilidade
No que diz respeito ao acesso à aquisição de imóveis, a existência de condições excessivamente atrativas para o financiamento imobiliário leva o setor a um movimento especulativo, caracterizado pela escalada dos preços dos imóveis em descompasso com o crescimento da renda por domicílio.
Neste sentido, a análise demonstrou que, internacionalmente, começam a se tornar preocupantes diferenças acima de 30%. Aqueles que passaram por este gap, com exceção do Canadá, tiveram sua crise imobiliária e financeira.
No caso do Brasil, o valor médio dos imóveis cresceu a um ritmo muito superior ao da renda por domicílio, acima do limite definido (108% contra 30%). Ainda sim, diz o estudo, baseado em dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), apesar da forte valorização dos preços dos imóveis, sobretudo quando comparados com o aumento da renda, a proporção do valor médio dos imóveis por salário médio anual no Brasil, continua abaixo do limite de 8 vezes definido como crítico.
Dessa forma, conclui o estudo, o crescimento dos últimos anos resulta de ajustes de nível da demanda e da oferta provocados pelas restrições ao nível da oferta de imóveis e por um maior acesso da população à compra de habitação e ao financiamento imobiliário.
PIB e Renda Familiar
Por fim, para analisar o risco do Brasil de sofrer uma bolha imobiliária, a Bain & Company analisou a penetração do crédito imobiliário no PIB e o nível de comprometimento da renda familiar.
No primeiro caso, a consultoria constata que a penetração do crédito imobiliário no PIB no Brasil é de apenas 6%, enquanto em outros países este valor é bem superior, alcançando 64% na Espanha e 77% nos EUA. Assim, baseado neste indicador, o Brasil ainda teria fôlego para aumentar a penetração do crédito imobiliário, podendo triplicá-la em cinco anos. Nestas condições, o crédito imobiliário teria um grande potencial de impulsionar o crescimento da construção civil e de vários setores da cadeia de valor ligados a ela, acredita a consultoria.
Já quando o assunto é o comprometimento da renda familiar, o estudo indica que este se encontra alto no Brasil, na casa dos 22%. Mesmo assim, ao considerar todos os indicadores, a pesquisa acredita que o Brasil está mais próximo dos países que resistiram à crise, do que dos que sucumbiram a ela.
“Nossa conclusão é que os números do Brasil estão muito mais próximos dos de países que resistiram melhor à crise, como a Alemanha, do que aqueles altamente impactados pela crise, como Espanha, Irlanda e Estados Unidos. No entanto, no Brasil, o alto comprometimento da renda e a recente elevação acelerada dos valores dos imóveis em relação á receita das famílias sugere atenção à evolução desses indicadores”, finaliza Spielmann.

Crédito imobiliário da Caixa acumula alta de 40% no ano.

O volume atingiu R$ 95 bilhões até a primeira quinzena de setembro.


São Paulo - O vice-presidente de habitação e governo da Caixa Econômica Federal, José Urbano Duarte, afirmou nesta quinta-feira, 19, que o volume estimado ao financiamento imobiliário no acumulado deste ano, até a primeira quinzena de setembro, atingiu R$ 95 bilhões, o que mantém em 40% a alta sobre igual período de 2012.
Duarte ratificou a estimativa conservadora da Caixa em liberar R$ 130 bilhões em recursos para o setor em 2013, alta de 25% sobre 2012, mas voltou a admitir ser possível um crescimento de 30% entre os períodos.
"No último trimestre pode haver uma queda nesse nível de crescimento de 40%, porque a base de comparação com 2012 é maior e a contratação pode superar em 30% a do ano passado. Mas somos conservadores e a base de crescimento ainda é para os R$ 130 bilhões", afirmou o executivo, após o Fórum Estadão Regiões, na sede do Grupo Estado, na capital paulista.
Duarte avaliou que a curva de alta da taxa básica de juros (Selic) não deve prejudicar o financiamento imobiliário, pois uma das fontes de recursos para o setor, a poupança, tem regras específicas que garantem o rendimento ao aplicador, com remuneração em 6,17% ao ano, quando a Selic supera os 8,5% ao ano. "Um investimento de longo prazo já prevê essa variação da poupança, e a outra fonte de recursos para o crédito imobiliário, o FGTS, não tem o impacto da Selic."
O vice-presidente de habitação e governo da Caixa Econômica Federal afirmou também que a inadimplência segue estabilizada em 1,7% do contratado e que "a relação entre a dívida e garantia permanece estável há dez anos e dá sustentabilidade ao financiamento".

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Os bancos com os melhores juros de financiamento imobiliário.

São Paulo – Existem diferentes modalidades de financiamento de imóveis no Brasil, que fazem com que as taxas de juros sigam regras distintas. Imóveis de até 500 mil reais podem ser financiados dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com taxas de juros mais em conta, porque são reguladas; acima desse valor, o financiamento só pode ser feito fora do SFH, e as taxas de juros podem ser mais altas.

Além disso, pode haver dois tipos de cobrança de juros: as linhas pré-fixadas têm juros acordados no ato da contratação e permanecerão as mesmas até o fim do financiamento; já as linhas pós-fixadas têm uma taxa de juro prefixada e corrigida pela variação da Taxa Referencial (TR), que será tanto maior quanto maior for a taxa básica de juros (Selic) no Brasil.

Desde 2012, a TR mensal tem ficado próxima de zero, o que favorece as linhas pós-fixadas. Mas quando há perspectiva de alta nos juros, quem contrata esse tipo de financiamento pode ficar prejudicado.

Ainda assim, o crédito imobiliário é uma das linhas mais em conta do Brasil. As condições também podem variar de acordo com o relacionamento do cliente com o banco. Veja nas tabelas a seguir quais, dentre os grandes bancos, cobram as maiores e as menores taxas de juros médias de financiamento imobiliário em cada tipo de contrato, de acordo os dados passados pelas próprias instituições financeiras ao Banco Central:

Dentro do SFH, com taxa de juros pré-fixada:

InstituiçãoTaxa de juro ao mês (%)Taxa de juro ao ano (%)
Santander0,8310,45
Itaú Unibanco0,8510,72
Caixa0,9111,48
Banco do Brasil0,9411,89

Fonte: Banco Central
Período: Agosto de 2013

Dentro do SFH, com taxa de juros corrigida pela TR (pós-fixada):

InstituiçãoTaxa de juro ao mês (%)Taxa de juro ao ano (%)
Caixa0,475,78
Banco do Brasil0,577,12
HSBC0,688,44
Santander0,688,47
Bradesco0,698,58
Itaú Unibanco0,789,82

Fonte: Banco Central
Período: Agosto de 2013

Fora do SFH, com taxa de juros pré-fixada:
InstituiçãoTaxa de juro ao mês (%)Taxa de juro ao ano (%)
Banco do Brasil1,2716,41
HSBC1,3617,63

Fonte: Banco Central
Período: Agosto de 2013

Fora do SFH, com taxa de juros corrigida pela TR (pós-fixada):

InstituiçãoTaxa de juro ao mês (%)Taxa de juro ao ano (%)
Santander0,688,49
Bradesco0,708,78
Caixa1,0513,32
Banco do Brasil1,2816,53

Fonte: Banco Central
Período: Agosto de 2013

Fonte: www.exame.com.br


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Posso vender um imóvel que eu nunca declarei no IR?


Dúvida da internauta: Eu e meu marido compramos e registramos um pequeno imóvel em 2007, em Belém do Pará, que na época custou 28 mil reais. Atualmente gostaríamos de vendê-lo por 100 mil reais, porém nunca o declaramos. Como devemos proceder? Nesse caso, a venda fica isenta de Imposto de Renda? Mesmo assim ele precisa ser declarado?

Resposta de Rodrigo Paixão*

Inicialmente, aconselhamos que sejam preparadas declarações retificadoras para corrigir a omissão desta informação. Note que o imóvel deve ser declarado na ficha de bens e direitos de sua declaração de imposto de renda, utilizando-se o efetivo custo de aquisição, somadas as eventuais benfeitorias realizadas e as despesas incorridas na aquisição do imóvel.
Vale dizer que a retificação das declarações não trará nenhum prejuízo, uma vez que visam apenas a correção na informação do patrimônio do contribuinte.
Infelizmente, não posso afirmar se essa venda é isenta do imposto de renda (imposto sobre o ganho de capital) sem receber maiores informações. Contudo, usualmente destacam-se duas “situações de isenção”:

1- Quando o valor da venda for igual ou inferior a 440 mil reais, se esse for o único imóvel do contribuinte, desde que o contribuinte não tenha efetuado qualquer outra alienação de imóvel (a qualquer título, tributada ou não) nos últimos 5 (cinco) anos;

2- Quando o contribuinte aplicar o produto integral da venda (no caso, os 100 mil reais) na aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias. Contados da celebração do primeiro contrato (seja o compromisso de compra e venda ou contrato de compra e venda).

A utilização parcial do valor da venda acarretará na tributação proporcional do valor não utilizado.

Desta forma, alcançadas quaisquer das situações acima pode-se dizer que esta venda é isenta de imposto. Contudo, a isenção não exime o contribuinte da obrigação de informar a venda e preencher o demonstrativo do ganho de capital.

Persistindo qualquer dúvida sobre a isenção é aconselhável que você busque maiores informações com um profissional da área. Se a venda não for isenta, o imposto deverá ser pago até o último dia útil do mês subsequente ao mês da venda e o recolhimento do imposto fora do prazo motivará a cobrança das penalidades legais (juros e multa).

*Rodrigo Paixão é coordenador de Imposto de Renda de Pessoa Física na H&R Block Brasil. A H&R Block é líder mundial no preparo de declaração de Imposto de Renda, com atuação nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Índia e Brasil.

Fonte: Exame


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Imóveis: o negócio mais seguro para investir .


O investimento em imóveis era forma mais escolhida pelas pessoas na hora de guardar dinheiro para o futuro, pois é o único investimento que sempre esta disponível e é um investimento que pode gerar renda sem que o investidor precise ter grandes conhecimentos do mercado imobiliário.

Investir em imóveis na planta é um investimento á médio e longo prazo, onde o investidor pode recuperar o investimento com a venda do imóvel após a entrega do imóvel e gerar um bom lucro, pois esse tipo de imóvel tem uma rápida valorização e o grande investimento em infraestrutura que acompanha novos empreendimentos costuma aumentar muito essa valorização.

Investir em imóveis prontos é um investimento á curto prazo, onde o investidor pode começar a recuperar os investimentos em um prazo menor, com o aluguel do imóvel ou mesmo com a venda. Porem muitas vezes é preciso investir em reformas e adaptações do imóvel antes de aluga-lo. Essas reformas podem encarecer o imóvel, mas geralmente ajudam a valoriza-lo.

Investir em terrenos é um investimento que dependendo do local onde o imóvel se encontra pode gerar um excelente lucro, porem se não for bem estudado o comprador pode ficar com o imóvel encalhado, mas se não for precisar do dinheiro da venda do imóvel a longo prazo pode ser um excelente investimento.

Antes de investir em imóveis procure saber mais sobre a região principalmente sobre projetos de infraestrutura que podem valoriza-lo ou desvaloriza-lo.

O se você não conhece o mercado imobiliário na região onde pretende investir procure consultar um profissional para ajuda-lo a ter uma ideia sobre o investimento em imóveis na região antes de começar a definir como investir.

Mas lembre-se investir em imóveis sempre será um investimento seguro e existem varias formas de investir em imóveis e dependendo do perfil do investidor o imóvel pode gerar uma renda mensal ou apenas um lucro na hora da venda.




Fonte: http://www.publicidadeimobiliaria.com

Ao comprar imóvel na planta, devo pagar parcelas adiantadas?

Internauta quer saber se vale a pena pagar parcelas da compra do imóvel ou deixar para quitá-las na entrega das chaves.

Dúvida do internauta: Durante o período de construção de um imóvel, é melhor pagar as parcelas corrigidas pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) à construtora, ou investir em renda fixa ou poupança para abater o saldo na entrega das chaves?


Resposta de Ulisses Nehmi*:
Normalmente existem duas fases distintas na compra de imóvel ainda em construção: a fase da construção e a fase após a entrega das chaves. Na primeira fase, normalmente existe um cronograma definido no contrato com os valores e datas de vencimento de cada parcela, que são corrigidas pelo INCC. Na segunda fase, o saldo remanescente é financiado com uma taxa de juros e correção por um índice de inflação. A pergunta do internauta foca na primeira fase, ou seja, durante a construção do imóvel e se vale a pena adiantar os pagamentos ou investir.
Na fase de construção, é provável que a construtora ofereça algum desconto para adiantar o pagamento, além de evitar mais correções pelo INCC. Para saber qual retorno é melhor, basta somar este desconto ao INCC esperado para as parcelas e comparar com o retorno esperado para o investimento em renda fixa ou poupança. Um ponto de atenção: nesta comparação, deve-se deduzir os impostos sobre os ganhos do investimento. Parar por aqui, no entanto, seria uma abordagem muito superficial. No caso do adiantamento à construtora ser mais vantajoso financeiramente, outros dois aspectos importantes ainda devem ser considerados: liquidez e risco.
Se o internauta já possuir numa reserva de emergência a parte dos recursos que seriam utilizados para o adiantamento, não haveria nenhuma restrição de liquidez em adiantar os pagamentos à construtora. Por outro lado, se esses forem os únicos recursos do internauta, talvez seja conveniente manter esses recursos (ou parte deles) consigo para eventuais necessidades pontuais de liquidez. Buscar recursos numa emergência pode custar muito mais caro.
Em relação ao risco, é importante lembrar que o imóvel ainda está em construção. Assim, o internauta está sujeito ao risco da construtora (ex.: falência) e da execução da obra (ex.: atrasos, etc). Ao adiantar o pagamento, o internauta aumenta o seu risco junto à construtora e reduz o seu poder de barganha para enfrentar eventuais problemas que possam surgir na execução da obra.
Assim, geralmente não é vantajoso adiantar parcelas na fase de construção, exceto se a vantagem financeira for muito relevante e o internauta estiver confortável com os aspectos de liquidez e risco abordados. Para uma resposta adequada, no entanto, cabe ao internauta fazer a sua ponderação de cada um desses aspectos.
Para complementar a resposta, na segunda fase continua valendo a mesma análise de retorno, risco e liquidez, mas algumas premissas mudam bastante. Após a entrega das chaves, os riscos mencionados anteriormente (risco da construtora e de atraso) são praticamente eliminados.
Já em relação ao retorno, o custo do financiamento costuma aumentar bastante em relação à fase anterior, provavelmente superando o ganho líquido de impostos de qualquer tipo de aplicação de renda fixa tradicional. Nesse caso, a ponderação desses aspectos continua sendo o melhor caminho para uma resposta adequada.
Por outro lado, se o internauta já tiver uma reserva de emergência, é muito provável que o custo do financiamento seja maior que o retorno de qualquer investimento de renda fixa e seja um bom negócio adiantar as parcelas.
*Ulisses Nehmi é CFP® (Certified Financial Planner), planejador financeiro certificado pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Gávea lança fundo de US$200 mi para projetos imobiliários.

Lançamento está dentro da estratégia de fazer a área atingir 5 bilhões de reais em ativos sob gestão num prazo de cinco anos.

São Paulo - A Gávea Investimentos vai lançar um fundo de cerca de 200 milhões de dólares para investir em projetos imobiliários, afirmou o sócio da gestora e diretor responsável, Rossano Nonino, dentro da estratégia de fazer a área atingir 5 bilhões de reais em ativos sob gestão num prazo de cinco anos.
Apesar de ser dedicado a um único investidor institucional internacional --cujo nome e nacionalidade não foram revelados em função de cláusula de confidencialidade--, o fundo terá uma fatia de 5 por cento da Gávea em conjunto com o JP Morgan.
A informação veio um dia após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ter aprovado uma associação entre ambos, dando carta branca para a constituição do Gávea Real Estate JV I LP, que investirá no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários no Brasil. A parceria terá o prazo de oito anos.
Segundo Rossano, a maior parte do capital investido virá do investidor, estrangeiro, com a fatia da Gávea e do JP Morgan se justificando pelo fato dos investidores "sempre requererem que a gente coloque um pouco de dinheiro junto para mostrar alinhamento de interesses". Em 2010, o JP Morgan comprou o controle da Gávea através de uma subsidiária.
O fundo é mais um passo da gestora rumo ao objetivo de somar 5 bilhões de reais em ativos sob gestão da área imobiliária num prazo de cinco anos, disse o executivo, o que deve representar de 5 a 10 por cento do total administrado pela Gávea. Até julho, o patrimônio sob gestão da empresa era de cerca de 16 bilhões de reais.
O processo que culminou na sua criação começou no ano passado, quando a gestora buscou investidores no exterior, afirmou Nonino. Ex-diretor da Brazilian Capital, ele entrou na Gávea em abril de 2012 com a missão de capitanear os investimentos imobiliários.
"Muitos investidores internacionais vêem essa queda (de atratividade) do Brasil, particularmente no mercado imobiliário, mais como uma chance do que como uma ameaça", disse.
Para o diretor da Gávea, vai haver uma depuração dos competidores do setor no país, passada a fase de lançamentos excessivos, alta rápida dos aluguéis e vacância de escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, para um nível abaixo do que era considerado normal pelo mercado.
"Esse desaquecimento é até bem-vindo já que muitas incorporadoras brasileiras enfrentam uma situação financeira mais delicada após uma fase de crescimento exagerado. Para a gente, que investe colocando dinheiro em projetos com elas, essa é uma oportunidade", afirmou.
Imóveis Residenciais
O fundo da Gávea terá foco em parcerias para empreendimentos residenciais para classes média e média baixa, com apartamentos na faixa de 200 mil reais, em patamar acima dos imóveis do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. "Gostamos mais porque eles têm saída regulada pelo repasse bancário e são menos sujeitos a grandes oscilações comerciais", disse Nonino.
Além do eixo Rio-São Paulo, o fundo avalia oportunidades no Nordeste e no Centro-Oeste, em projetos localizados em cidades como Cuiabá, Goiânia e Brasília, completou o executivo.
Nonino acredita que ainda é possível alcançar retornos na casa de 20 a 30 por cento no mercado de incorporação, níveis semelhantes aos obtidos durante o boom imobiliário do fim da última década.
Com essa lógica, a Gávea planeja lançar outro fundo destinado às parcerias para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários no valor de 500 milhões de dólares em 2014.
Fim de Festa
Enquanto enxerga espaço para ganhar na incorporação, Nonino vê um período de ajustes para o mercado de fundos imobiliários, que investem em empreendimentos já prontos e que ganham receita com aluguéis.
No primeiro semestre, a Gávea captou 120 milhões de reais com o lançamento de um fundo imobiliário negociado na Bovespa -- estruturado para levantar até 200 milhões de reais-- destinado à aplicação em cotas de outros fundos.
Na visão de Nonino, o mercado de fundos imobiliários vive um período de rebalanceamento, o que, combinado à alta dos juros, acabou diminuindo o apetite dos investidores pelos produtos.
"Entre 2010 e 2012 esses fundos geraram retornos de 20 a 30 por cento ao ano, pegando carona num aumento muito grande dos valores de locação e na diminuição das taxas de juros", disse, acrescentando que o movimento teria atraído investidores com uma rentabilidade "irreal".
"Quem entrou no mercado de renda acabou caindo fora agora, o que contribui para a queda que vivemos hoje", disse. No acumulado do ano até a véspera, o IFIX, índice que reúne fundos imobiliários listados na bolsa, teve queda de 12,8 por cento.
Segundo Nonino, o mercado deve se estabilizar com retornos de 8 a 10 por cento ao ano, "compatíveis com níveis vistos no restante do mundo".

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Eixo Barra Funda - Lapa é a nova sensação do mercado imobiliário de SãoPaulo.


São Paulo - A Prefeitura de São Paulo autorizou a construção de um megaempreendimento comercial em parte do terreno onde funcionou, até julho de 2012, o Playcenter, na Barra Funda, zona oeste. Um dos antigos estacionamentos do parque de diversões dará lugar a dois prédios de 27 andares, com 216 escritórios, e dois subsolos e mais três pavimentos superiores, com 1.638 vagas para carros.
A Prefeitura exigiu, no entanto, uma contrapartida no valor recorde de R$ 40,8 milhões dos responsáveis pelo complexo. O pagamento é necessário porque os novos edifícios ficam dentro do perímetro da Operação Urbana Água Branca e passam a altura máxima prevista no zoneamento. Após ser recolhido pela administração municipal, o valor é usado para bancar obras de infraestrutura no mesmo perímetro, como novas ruas e drenagem.
O Shopping Bourbon, inaugurado em 2009 e inserido na mesma operação urbana, repassou R$ 6 milhões em contrapartidas. Para construir uma arena com capacidade para 45 mil espectadores, o Palmeiras teve de pagar à Prefeitura da capital paulista R$ 4,5 milhões. Chamado Brasília Square Offices - formado pelas empresas Escritório Brasília de Imóveis (EBI), Vivere Incorporações Imobiliárias, Alimonti Comercial e Construtora e Maurício Cukierkorn Construtora (MC Construtora) -, o empreendimento foi aprovado pela Câmara Técnica de Legislação Urbanística (CTLU) da Prefeitura paulistana no dia 4 por 15 votos favoráveis e um contrário. A decisão foi publicada no "Diário Oficial" do Município de sábado, 20.
O novo centro comercial ficará ao lado do Fórum Criminal da Barra Funda e da Fábrica dos Sonhos, onde funcionarão os galpões das escolas de samba a partir de 2014. Investidores do mercado Imobiliário e técnicos do administração municipal avaliam que o eixo Lapa-Barra Funda da Avenida Marquês de São Vicente abrigará, em poucos anos, um centro financeiro semelhante ao da Avenida Faria Lima, na zona sul. Outros prédios residenciais e de escritórios estão em construção na região.
Instalado numa área de cerca de 80 mil metros quadrados, o Playcenter foi desativado em 2012. Na época, a empresa que controla a atração manifestou a vontade de usar parte do terreno para fazer um parque voltado a crianças. Outra área do terreno, com 18 mil m², deve receber o Colégio Renascença em 2015.
Revisão
O Poder Executivo municipal tenta, na Câmara Municipal, revisar a Lei da Operação Urbana Água Branca, de 1995, para criar novos estoques para empreendimentos imobiliários. Moradores dizem que o Executivo municipal não pode liberar novos prédios antes de gastar R$ 340 milhões arrecadados pela operação, que continuam em caixa. Eles pedem, por exemplo, a canalização dos Córregos Água Preta e Sumaré, que deve consumir R$ 160 milhões. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras aguarda licença ambiental para iniciar as obras.

Fonte uol

Não espere para comprar o seu imóvel, afirmam especialistas.

Não é raro ouvir alguém reclamar que os preços de apartamentos  e casas das grandes capitais estão nas alturas, irreais, não condizentes com o que se ganha. A euforia repentina do mercado imobiliário e o alerta do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a expansão de empréstimos no Brasil seriam, portanto, indícios de uma crise imobiliária prestes a ser deflagrada? Embora a presença de bolha não possa ser totalmente descartada, economistas acreditam que o seu inflar ainda é lento - e não está nem perto da queda dos preços.

Concluído em janeiro deste ano e publicado no início do mês, o relatório do FMI apontou a alta rápida dos preços de imóveis no Brasil e a forte expansão dos empréstimos imobiliários. Segundo o documento, o aumento dos requerimentos de capital para comprar um imóvel contribuiu para reduzir a velocidade de crescimento do crédito.

De acordo com o economista e coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Emerson Marçal, a melhoria das condições de crédito levou ao aumento da demanda por imóveis, responsável pelo acréscimo nos preços dos aluguéis e dos imóveis novos. A queda dos juros permitiu acesso a crédito para compra de imóvel e levou agentes econômicos a buscar esta alternativa como forma de investimento.

Para uma bolha imobiliária se consolidar, no entanto, são necessárias condições de crédito fáceis, o que aconteceu nos Estados Unidos, que, junto à elevação das taxas de juros, levou ao estouro da bolha imobiliária em 2007. Ainda de acordo com o economista, não é o caso do País. "Financiar imóveis ainda é algo restritivo no Brasil. Os bancos têm regras demais, e os cartórios implicam custos", explica Marçal.

Segundo o professor de finanças do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) Ricardo Almeida, nada de surpresas: a alta dos preços está dentro do esperado, conforme a taxa de juros. O valores de imóveis devem crescer de acordo com a inflação, sem valorização expressiva, e o crédito deve se estabilizar. "Não espere para comprar seu imóvel", sugere o analista.

Conforme pesquisa da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) divulgada em maio, pela primeira vez em quatro anos os preços de imóveis residenciais novos recuaram em São Paulo. No primeiro trimestre, o valor do metro quadrado dos lançamentos com um e dois dormitórios, os imóveis mais procurados, caiu 7,8% em relação a dezembro de 2012. Caso não haja bolhas no mercado imobiliário brasileiro, os preços dos imóveis no futuro próximo devem se consolidar em um novo patamar, sem aumentos contínuos ou quedas drásticas. 





Fonte: http://tablet.terra.com.br/article/0065cc973c16f310VgnVCM3000009acceb0aRCRD

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Imóvel de 1 quarto é mais popular que o de 3 quartos em SP.

Conheça o perfil de quem procura imóveis de um quarto, tipo cada vez mais popular na cidade de São Paulo.
São Paulo – Os apartamentos de apenas um dormitório estão cada vez mais populares na cidade de São Paulo. De acordo com o balanço do primeiro semestre do mercado imobiliário paulistano, publicado pelo Secovi-SP, os imóveis de um quarto ficaram em segundo lugar tanto entre os mais lançados quanto entre os mais vendidos, superando os apartamentos de três quartos. A mudança no estilo de vida da população é um dos fatores que explicam esse boom, mas os investidores também ficam de olho nessas unidades.
Segundo o boletim do Secovi-SP, foram lançadas 3.600 unidades de um dormitório na cidade de São Paulo no primeiro semestre, quantidade que perde apenas para as 5.700 unidades de dois quartos lançadas no período. Em terceiro lugar vieram os imóveis de três quartos, com 3.300 unidades lançadas.
A procura dos compradores também é grande. Foram vendidas 4.100 unidades de um quarto no primeiro semestre, perdendo apenas para as 7.800 unidades de dois quartos vendidas no período. De imóveis de três quartos foram vendidas 3.800 unidades.
Quem são os compradores?
Segundo Stefan Neuding Neto, vice-presidente executivo da Stan Desenvolvimento Imobiliário, incorporadora que costuma desenvolver empreendimentos com unidades compactas, quem procura esse tipo de imóvel são basicamente três tipos de compradores: os investidores, que pretendem auferir renda com o aluguel da unidade; os casais sem filhos que compram seu primeiro imóvel; e os solteiros e divorciados que buscam viver sozinhos.
Para quem compra para alugar, como investimento, o apartamento de um quarto é, atualmente, o que oferece o melhor retorno, considerando-se o custo do investimento. Segundo dados do Índice FipeZap, o retorno com aluguel dos imóveis de um quarto na cidade de São Paulo estava, em agosto, em 0,50% ao mês, contra 0,47% dos de dois quartos e 0,44% dos de três ou mais quartos. Lembrando que essa rentabilidade é corrigida anualmente pela inflação.
Do lado de quem compra para morar, os apartamentos de um quarto acabam servindo a uma nova face da população brasileira: as famílias que encolheram, o maior número de idosos (viúvos ou cujos filhos já saíram de casa) e o crescente número de pessoas que vivem sozinhas.
A boa localização dos novos empreendimentos é um dos apelos. Há inclusive quem compre apartamento de dois quartos para transformar em um imóvel de um quarto só. De acordo com Neuding, muitas vezes os casais que compram o primeiro imóvel preferem ter uma sala maior, e fazem essa conversão. Sua ideia é que o imóvel volte a ser um dois quartos quando o primeiro filho chegar. “Assim o imóvel dura mais. Se a ideia for vendê-lo, o de dois quartos tem maior liquidez”, diz Neuding.
Outro possível atrativo é o preço. Apesar de ter o metro quadrado mais caro que as unidades de mais quartos, os apartamentos de um dormitório são compactos, e muitas vezes têm preços unitários mais em conta.
Segundo o Secovi-SP, a área útil média dos imóveis de um quarto em São Paulo caiu 22% de 2004 para 2013, de 52,4 metros quadrados para 40,7 metros quadrados. Os de dois e três quartos permaneceram praticamente com a mesma área útil média: de 60,6 para 59,6 metros quadrados no caso dos imóveis de dois dormitórios, e de 90,2 para 91,2 metros quadrados, no caso dos de três dormitórios.
Segmento de luxo desponta