segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Bolha imobiliária estourando? Onde?

"Se você está na esperança de os preços despencarem para comprar, espere sentado"

Desde 2008, quando surgiram os primeiros comentários de bolha imobiliária em vias de estourar no Brasil, tenho analisado evidências históricas e internacionais, refutando até aqui tais alegações e concluindo que, provavelmente, os preços continuariam a subir.
De acordo com a consultoria britânica Knight Frank, entre os 53 países com os maiores mercados imobiliários globais, o Brasil teve em 2012 a maior alta de preços de imóveis residenciais: 13,7%, em média. Resolvi atualizar e expandir meus estudos.
Há um ano, usei o consumo anual per capita de cimento como estimativa do grau de aquecimento da atividade no setor imobiliário em momentos de estouro de bolhas em vários países. Hoje, pelas minhas contas, esse indicador chegou a 361 quilos no Brasil. No ritmo médio de crescimento dos últimos dez anos, que foi de 5% a.a., em apenas dois anos atingiríamos o nível mais baixo de estouro de bolhas, que é de 400 quilos, o que sugeriria cautela. Por outro lado, o nível máximo de consumo de cimento antes de as bolhas estourarem, em alguns casos, passou de 1.600 quilos anuais per capita. Para chegar a esse patamar, o Brasil levaria mais 80 anos. Por esse parâmetro, poderíamos estar entre 2 e 80 anos do estouro de uma bolha. Pouco se conclui.
O segundo indicador importante é o total de crédito imobiliário disponível. Crédito permite que mais gente compre imóveis, aumentando a procura por eles e elevando seus preços. No Brasil, apesar do crescimento dos últimos anos, ele ainda é de apenas 7% do PIB, muito distante dos 50% do PIB que costuma ser o mínimo quando bolhas imobiliárias estouram. Mesmo considerando-se uma expansão ao ritmo dos dois últimos anos, que foi de 1,4% do PIB ao ano, o mais rápido da nossa história, levaríamos mais de 30 anos para chegar a 50% do PIB. Sinal de tranquilidade.
Por fim, como anda a capacidade de pagamento dos brasileiros? Levando-se em conta os preços dos imóveis em relação à renda no mundo, chama a atenção a grande dispersão entre as maiores cidades brasileiras, com algumas entre as mais caras e outras entre as mais baratas.
Das 50 cidades mais caras do planeta, 49 estão em países emergentes, incluindo quatro no Brasil: Brasília (10ª), Rio de Janeiro (25ª), Belo Horizonte (43ª) e Porto Alegre (45ª).
Por outro lado, Salvador não está mais entre as 100 mais caras do mundo, Fortaleza é uma das únicas dez cidades entre as 50 mais baratas do mundo que não estão nos EUA, e Campinas também está entre as 100 mais baratas. Entre os 385 maiores mercados imobiliários globais, a classificação média das 11 cidades brasileiras incluídas foi 124ª, sugerindo que o mercado brasileiro como um todo está um pouco mais caro do que a média, mas distante dos mais caros do planeta. Entre os mercados emergentes, o Brasil está mais barato do que a média.
Outro aspecto favorável é que um menor percentual da renda necessário para pagamento mensal de hipotecas sugere que no Brasil temos melhor capacidade de honrar dívidas. Além disso, comparando o preço de compra de imóveis com o custo de alugá-los, constata-se que no Brasil aluguéis elevados estimulam compras mais do que no resto do mundo. Por fim, a desvalorização do real barateou os imóveis no Brasil para compradores estrangeiros.
Em resumo, ainda que algumas cidades sugiram mais cautela, para o país como um todo, continuam valendo as conclusões do ano passado. Altas modestas ou manutenção de preços são prováveis na maioria dos casos e o risco de estouro imediato de uma bolha imobiliária nacional ainda é baixo. Se você está na esperança de os preços despencarem para comprar, espere sentado. Segundo Platão, coragem é saber o que não temer.
Ricardo Amorim é economista, apresentador do programa “Manhattan Connection”, da Globonews, e presidente da Ricam Consultoria

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Novo Plano Diretor mudará a vida dos paulistanos.

O Plano Diretor Estratégico é o instrumento da política de desenvolvimento urbano e de orientação de todos os agentes que atuam na cidade, com participação da população garantida no processo de elaboração. No último dia 19 de setembro, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano divulgou a minuta do Projeto de Lei do novo PDE da Cidade de São Paulo, que agora está na Câmara Municipal aguardando aprovação. Trata-se de uma minuta bem mais simples que o PDE em vigor, com apenas 84 páginas, mas que, se aprovada, mudará significativamente a vida dos paulistanos.
Um exemplo de alteração diz respeito a vagas de garagem de novos empreendimentos localizados no chamado “eixo de estruturação da transformação urbana” – áreas localizadas ao longo dos sistemas de transporte coletivo de média e alta capacidade, como corredores de ônibus e linhas de metrô. Esses empreendimentos terão, no máximo, uma vaga de garagem para cada unidade residencial autônoma.
Outra mudança é a aplicação de instrumentos que busquem a efetividade da Operação Urbana Centro, que visa requalificar áreas do centro da cidade, buscando estimular investimentos nesses locais, mediante benefícios, como maiores coeficientes de aproveitamento máximo para construções na região.
Ainda, imóveis não utilizados, edificados ou não, ou subutilizados terão a aplicação de alíquotas progressivas de IPTU, até atingir a alíquota máxima de 15% sobre o valor venal do imóvel. Decorrido o prazo de cinco anos da aplicação do IPTU progressivo e caso o imóvel ainda se encontre subutilizado, a prefeitura poderá proceder à sua desapropriação, com pagamento da indenização ao proprietário em títulos da dívida pública.
Destacamos, também, a criação da chamada “cota de solidariedade”. A nova minuta prevê a possibilidade da exigência de doação de áreas à cidade para fins de produção de Habitação de Interesse Social para o licenciamento de empreendimentos de grande porte.
Todavia, é importante ressaltar que muitos pontos do novo PDE já são abordados pela legislação atual, sem que existam muitos resultados concretos. É o caso da valorização do transporte público em detrimento ao individual. O PDE atual tem tal tema como objeto e diretriz no âmbito da Circulação Viária e de Transportes, prevendo o estímulo, pelo Executivo, para a criação de estacionamentos num raio de 100 metros de todas as estações de metrô e trens por particulares. No mesmo sentido, a minuta apresentada aborda tal matéria como objetivo do Plano Municipal de Mobilidade Urbana. A facilitação do acesso ao trabalho, com a redução da vulnerabilidade e do deslocamento do trabalhador e o equilíbrio da oferta de emprego na cidade é outro exemplo de conteúdo semelhante entre os PDEs.
Como exemplo de perda de conteúdo, o PDE em vigor, ao contrário do novo, além de conceituar exaustivamente alguns institutos, tem como objetivo estimular o investimento estrangeiro, além de contar com capítulos inteiros sobre o turismo, o desenvolvimento humano e a qualidade de vida da população.
A crítica à minuta também recai na imprecisão de mapas, na ausência de sanções pelo descumprimento do plano e de definições claras sobre institutos propostos, como a função social da propriedade, o IPTU progressivo, o direito de preempção e a desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública. Outro ponto criticado é a modificação da utilização do Campo de Marte.
O Estatuto da Cidade prevê a promoção de Audiências Públicas e debates com a participação da população para aprovação do PDE. Assim, no dia 2 de setembro, ocorreu a primeira Audiência Pública para apresentação e discussão da minuta do novo PDE. O secretário Fernando Franco, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, iniciou o debate apresentando uma breve explicação sobre os princípios e objetivos que regem o PDE e a ordenação territorial prevista na minuta. Depois, foi aberto o espaço para a participação popular, que pode criticar ou contribuir para a adequação do novo PDE. A segunda Audiência Pública foi realizada no dia 5 de setembro e foram abordados temas como a cota de solidariedade e a arrecadação de bens abandonados. A minuta foi enviada à Câmara no último dia 26 de setembro, constituindo o Projeto de Lei nº 688/2013.
De acordo com a Lei Orgânica de São Paulo, a aprovação do Projeto de Lei do novo PDE depende da aprovação de 3/5 dos membros da Câmara Municipal e o prefeito pode solicitar a sua tramitação em regime de urgência. Após a aprovação, o Projeto de Lei depende da sanção do prefeito, sendo reservado a ele o exercício do poder de veto. Em caso de veto, o projeto será reavaliado pela Câmara, que decidirá se esse será mantido.
Com certeza, o desafio será implementar as alterações propostas pelo PDE no cotidiano do paulistano. A minuta parece buscar maior praticidade, numa tentativa de ser facilmente aplicada, mas resta aguardar os atos do poder público que darão efetividade ao PDE, na esperança que as propostas de melhoria sejam incorporadas numa São Paulo mais desenvolvida.

fonte: http://www.conjur.com.br

Como baratear o financiamento do imóvel só mexendo no seguro.

Entenda como funcionam os seguros obrigatórios dos financiamentos de imóveis, cujos custos podem variar até R$ 135 mil entre diferentes instituições.

São Paulo – O custo do financiamento imobiliário pode variar muito entre um banco e outro e isso não é novidade. Mas, nem todos sabem que em muitos casos o que costuma gerar as diferenças de custos são dois seguros atrelados ao financiamento, que podem facilmente superar o montante de 100 mil reais ao final do prazo, além de variar mais de 135 mil reais entre diferentes instituições financeiras.
Ao compreender o que são esses seguros, o comprador não só aprende a comparar melhor os custos de diferentes financiamentos, como passa a entender o que ele está pagando ao fazer o financiamento e as vantagens que ele pode tirar disso.
Segundo a Lei 4.380/84 e o Decreto 73/66, todo financiamento feito dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) deve incluir o pagamento de dois seguros, também chamados de seguros habitacionais: o seguro para Morte e Invalidez Permanente (MIP), e o seguro de Danos Físicos do Imóvel (DFI). Ambos são pagos junto às parcelas do financiamento.
Os financiamentos feitos pelo SFH são aqueles que utilizam recursos da poupança e do FGTS e que contemplam apenas imóveis de até 750 mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal e de até 650 mil reais nos demais estados. Ainda que para imóveis mais caros, fora do SFH, os seguros não sejam obrigatórios, é praxe que os bancos não concedam o financiamento sem a contratação dos seguros habitacionais.
O que eles cobrem?
O MIP é o seguro que quita o saldo devedor do financiamento em caso de invalidez permanente ou falecimento do contratante, ou de um dos integrantes da renda familiar, quando o contrato do financiamento indicar que mais de uma pessoa compõe a renda para o pagamento do imóvel.
Já o DFI cobre prejuízos causados ao imóvel por fatores externos. Alguns dos eventos cobertos são: incêndio, explosão, inundação, destelhamento, desmoronamento total e parcial. A indenização corresponde ao valor necessário para a reparação dos prejuízos, com a recuperação do imóvel nas mesmas condições que apresentava antes do sinistro.
Variação de valores entre instituições
As diferenças dos valores do MIP e do DFI entre diferentes bancos podem chegar a superar absurdos 135 mil reais. Essa foi a variação de valor verificada em uma simulação feita pelo Canal do Crédito, a pedido de EXAME.com, que mostrou que no financiamento de um imóvel de 500 mil reais, com uma entrada de 100 mil, o custo dos seguros no financiamento do HSBC totaliza 41.853 reais, e no Itaú, 176.429 reais (para um perfil de cliente entre 46 a 50 anos). 
Veja a seguir, no resultado completo da simulação, quanto custam os seguros MIP e DFI cobrados em um financiamento de imóvel de 500 mil reais, qual é a participação deles em relação ao custo total e a diferença de preços entre uma instituição e outra. A simulação foi feita para um prazo de 360 meses, considerou uma entrada de 100 mil reais, e um perfil de cliente com renda mensal de 15 mil reais.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Financiamento para compra de imóveis pode subir até 20% em 2014.

2014 deve ser um ano positivo para o setor imobiliário.


SÃO PAULO – O setor imobiliário acredita que o ano de 2014 será positivo, sendo que o financiamento para a compra de imóveis pode crescer entre 14% e 20%, de acordo com as projeções da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Para o presidente da instituição, Octavio de Lazari Junior, para o próximo ano, o setor ainda precisa trabalhar a infraestrutura e a política expansionista. Porém, de modo geral “2014 será um ano muito bom e positivo para o setor imobiliário”, afirma. Vale lembrar que 2013 foi um período de recuperação do mercado, pois 2012 registrou queda no crédito imobiliário e nos investimentos em novos empreendimentos.
Para os especialistas a tendência é boa, pois em outubro deste ano o crédito imobiliário representou 8% do PIB brasileiro e a inadimplência no setor atingiu somente 1,85%. Segundo Lazari, para o crédito no setor subir é importante que a taxa de desemprego esteja baixa, a renda do comprador suba e a confiança do consumidor esteja alta.


fonte: .infomoney

Preços de imóveis sobem 14% em 12 meses e batem inflação.

Alta do preço médio do metro quadrado anunciado no acumulado de 12 meses supera em 7,9 pontos percentuais inflação medida pelo IPCA, segundo Índice FipeZap.

São Paulo - O Índice FipeZap Ampliado, indicador que acompanha a variação do preço do metro quadrado dos imóveis anunciados para venda em 16 cidades brasileiras, registrou um aumento no preço médio do metro quadrado anunciado de 1,3% em novembro, a mesma alta registrada em outubro.
A elevação é de 13,8% no acumulado do ano, 7,9 pontos percentuais acima da inflação medida pelo IPCA esperada para o período, que é de 5,9%, segundo o Boletim Focus do Banco Central.
Florianópolis (+2,3%) e Belo Horizonte (+2,2%) registraram as maiores elevações de preços no mês. E os menores aumentos foram registrados em Salvador (+0,1%), Porto Alegre (+0,7%) e São Bernardo do Campo (+0,7%).
Nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro as variações foram, respectivamente, de +1,3% e +1,2%.
Em novembro, os valores médios do metro quadrado ficaram entre 9.812 reais, no Rio de Janeiro, e 3.797 reais, em Vila Velha. E a média nacional foi de 7.231 reais.
Veja na tabela o desempenho de cada cidade no Índice FipeZap de novembro. Todas as 16 cidades compõem o Índice FipeZap Ampliado, lançado no início deste ano. Sete dessas cidades, em negrito, já compunham o Índice FipeZap Composto, existente desde 2010.
RegiãoVariação mensal novembro/13Variação mensal outubro/13Em 12 mesesNo ano
Florianópolis2,30%1,90%15,70%16,00%
Belo Horizonte2,20%3,70%9,20%10,40%
Curitiba2,10%3,50%36,00%38,60%
Vitória2,10%0,10%15,00%15,90%
Fortaleza1,90%1,40%13,20%13,90%
Niterói1,40%0,50%8,50%9,40%
Índice FipeZap Ampliado (16 cidades)1,30%1,30%12,70%13,80%
São Paulo1,30%1,20%12,70%13,60%
Índice FipeZap Composto* (7 cidades)1,20%1,20%11,70%12,80%
Rio de Janeiro1,20%0,90%13,80%15,00%
São Caetano do Sul1,00%1,30%10,50%11,10%
Recife0,90%1,40%12,30%12,80%
Vila Velha0,90%0,70%11,50%12,20%
Santo André0,90%0,90%10,80%11,70%
Brasília0,80%0,50%4,10%5,60%
Porto Alegre0,70%1,50%13,00%14,40%
São Bernardo do Campo0,70%1,10%8,90%9,20%
Salvador0,10%0,20%10,00%12,30%
Fontes: Índice FipeZap e Banco Central

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Resultados de outubro confirmam bom momento no mercado de imóveis novos.

SÃO PAULO - Vendas acumuladas em dez meses já superaram o total de unidades comercializadas em todo o ano de 2012...

SÃO PAULO - O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo manteve o ritmo favorável registrado no decorrer do ano. De acordo com a pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, no período de janeiro a outubro 2013, foram vendidas 27.751 unidades, alta de 31,0% em relação às 21.176 unidades comercializadas nos mesmos dez meses de 2012. As vendas deste ano já superaram o total de unidades escoadas em todo o ano de 2012 (26.958 unidades).
 Em valores, o total vendido atingiu R$ 15,7 bilhões, com incremento de 41,4% sobre os R$ 11,1 bilhões de janeiro a outubro do ano passado, atualizados pela variação do INCC (Índice Nacional da Construção Civil), da Fundação Getúlio Vargas. O montante já ultrapassou os resultados de 2012, quando se comercializou o total de R$ 14,6 bilhões.
 O indicador de desempenho Vendas Sobre Oferta (VSO) de 12 meses chegou, em outubro, a 66,3%, ritmo superior aos 56,2% de dezembro passado. O desempenho se manteve crescente e, em agosto, atingiu o pico do ano, com 67,4%.
 De acordo com a pesquisa, o mercado em outubro apresentou os seguintes resultados:
 • Vendas de 2.160 unidades, um crescimento de 9,5% diante de outubro do ano passado e redução de 26,9% sobre setembro (2.953 unidades);
 • Valor negociado (VGV) de R$ 1,119 bilhão, com aumento de 10,1% em relação a igual mês de 2012 (R$ 1,017 bilhão) e recuo de 15,3% comparado a setembro (R$ 1,322 bilhão).

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Imóveis à venda sobem 6,6% acima da inflação em 2013.

Valorização do preço médio do metro quadrado anunciado supera com folga a inflação pelo IPCA neste ano, mas em algumas cidades altas já são inferiores ao índice.

São Paulo – O Índice FipeZap Ampliado, indicador que acompanha a variação dos preços dos imóveis anunciados para venda em 16 cidades brasileiras, registrou um aumento no preço médio do metro quadrado anunciado de 1,3% em outubro, um pouco acima da alta de 1,2% de setembro. No acumulado do ano, a elevação do preço do metro quadrado anunciado para venda já chega a 11,3%, ou 6,6% acima da inflação do período medida peloIPCA, índice oficial do governo.
As maiores altas do mês ficaram com os imóveis à venda em Belo Horizonte (+3,70%) e Curitiba (+3,50%). Já Vitória (+0,1%), Salvador (+0,2%), Niterói (+0,5%) e Distrito Federal (+0,5%) tiveram os menores aumentos no preço médio do metro quadrado anunciado, abaixo inclusive da inflação que o mercado projeta para outubro, de 0,6%, segundo o Boletim Focus do Banco Central.

A capital paulista teve uma alta forte em outubro, de 1,2%. No Rio, a valorização foi um pouco mais modesta, de 0,9%, porém maior que a alta do mês anterior. De acordo com o relatório do Índice FipeZap Ampliado de outubro, o Leblon, bairro mais caro do país, viu retração no preço do seu metro quadrado anunciado pelo segundo mês consecutivo, de 22.084 reais para 21.886 reais.
Em outubro novamente nenhuma cidade viu retração nos preços pedidos pelos donos de imóveis. Curitiba continua sendo a cidade que mais puxa o Índice FipeZap Ampliado para cima, com uma alta de 38,4% em 12 meses.
O FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série histórica começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para Distrito Federal e Salvador, em setembro de 2010. Já entre as novas cidades, incluídas no Índice FipeZap Ampliado, as cidades do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba têm as séries históricas mais recentes, iniciadas em julho de 2012. O FipeZap Ampliado foi lançado em janeiro deste ano.
O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290.000 unidades todos os meses. Além disso, são buscados também dados em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
http://www.slideshare.net/JuliaWiltgen/fipezap-outubro2013

fonte: http://exame.abril.com.br

Vendas de imóveis em São Paulo crescem 33% até setembro

Segundo Secovi-SP, o volume de vendas de imóveis residenciais teve alta nos meses de janeiro a setembro de 2013, na comparação com mesmo período de 2012.

São Paulo - As vendas de imóveis residencias novos na cidade de São Paulo tiveram alta de 33,3% de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário.

De acordo com o levantamento do Secovi (Sindicado da Habitação de São Paulo), foram comercializadas 25.591 unidades nos nove primeiros meses de 2013, ante 19.204 de janeiro a setembro de 2012.
As vendas nos três primeiros trimestres deste ano, segundo a entidade, equivalem a 95% do total de vendas durante todo o ano passado, quando foram vendidas 26.958 unidades.

A pesquisa também mostra que o Valor Global de Vendas (VGV) de janeiro a setembro deste ano foi de 14,5 bilhõesde reais, praticamente atingindo o VGV do ano passado de 14,6 bilhões de reais (númeroatualizado pelo INCC-FGV, índice elaborado pela Fundação Getúlio Vargas). Em relação aos nove primeiros meses de 2012, quando o VGV atingiu 10 bilhões de reais, o aumento neste ano foi de 44,5%. 
O estudo inclui dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) que mostram que o total de imóveis lançados até setembro, que somou 21.225 unidades, representa 74,4% do volume de lançamentos de 2012, que totalizou 28.517 imóveis. Segundo a Embraesp, houve crescimento de 25,4% nos lançamentos de janeiro a setembro de 2013 (21.225 unidades), em relação ao mesmo período de 2012 (16.932 unidades).
Os imóveis lançados até setembro deste ano representam 12,8 bilhões de reais, atualizados pelo INCC-FGV, ante os 9,4 bilhões de reais apurados dos primeiros nove meses de 2012.
De acordo com o levantamento, em setembro o índice Vendas sobre Oferta (VSO) do acumulado de 12 meses ficou em 66,9%, percentual superior ao dos meses de setembro (61,4%) e dezembro (56,6%) de 2012. O Secovi não detalhou o VSO do acumulado dos três primeiros meses do ano, mas afirmou que o ano se iniciou com o VSO girando em torno de 56% e apresentando crescimento consistente, até atingir o patamar de 67%, sendo que o pico foi registrado em agosto, com 67,4%.
Principais regiões

Nos três primeiros trimestres do ano, 34% das unidades lançadas se concentraram em cinco distritos: Barra Funda (1.825 unidades), Vila Prudente (1.719 unidades), Itaim Bibi (1.436 unidades), Vila Andrade (1.198 unidades) e Lapa (1.060 unidades).
Tipologia dos imóveis 
Assim como no intervalo de janeiro a setembro de 2012, o mercado de dois dormitórios continua liderando a participação de vendas neste ano, mas reduziu sua participação, que passou de 53,6% no acumulado de nove meses de 2012, para 44,8% no mesmo período de 2013. Segundo o Secovi, essa retração pode ser atribuída, entre outros fatores, ao aumento da participação das vendas de imóveis de um dormitório, que passou de 10,8% entre janeiro e setembro de 2012, para 25,3% no acumulado até setembro deste ano.
Segundo a pesquisa, todos os segmentos apresentaram alta. Foram vendidas 11.454 unidades de 2 dormitórios nos 9 meses deste ano, diante de 10.302 imóveis em igual período de 2012 (alta de 11,2%). Entre os imóveis de um dormitório houve alta de 213,1%, com 6.485 imóveis vendidos até setembro deste ano, ante as 2.071 unidades do mesmo período do ano passado.

As vendas de 3 dormitórios acumuladas neste ano totalizaram 5.580 unidades, superando em 6,8% as 5.224 unidades comercializadas em igual período do ano anterior.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

MRV tem recorde de vendas para 3º tri e reduz estoques.

Entre julho e setembro, as vendas da companhia chegaram a 1,388 bilhão de reais, no melhor resultado já obtido para o período.


São Paulo - A MRV Engenharia teve alta de 35 por cento nas vendas contratadas do terceiro trimestre ante igual etapa de 2012, dando sequência a esforços para reduzir seus estoques por meio do gerenciamento das vendas em diferentes praças.
Entre julho e setembro, as vendas da companhia chegaram a 1,388 bilhão de reais, no melhor resultado já obtido para o período na história da MRV. O desempenho foi estável quando comparado ao segundo trimestre deste ano.
Os lançamentos de imóveis caíram 25 por cento na comparação anual, para 788 milhões de reais. O montante representa alta de 24 por cento sobre o segundo trimestre.
O diretor-executivo de Finanças da MRV, Leonardo Corrêa, atribuiu o salto das vendas ao fato de a companhia ter mantido o foco em empreendimentos para as faixas 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida --voltado a famílias com renda mensal de 2 mil a 5 mil reais. No terceiro trimestre, 84 por cento das vendas foram elegíveis ao programa habitacional do governo.
Corrêa acrescentou que a MRV está colhendo os frutos de sua expansão geográfica, de olho em cidades médias. "Custa caro ir para uma cidade nova, voltar então nem se fala. Muitas são as empresas que foram e voltaram atrás na primeira dificuldade. Buscamos operação adequada onde tem demanda e consumidor e vamos continuar com essa estratégia", afirmou.
As vendas da companhia foram contratadas em 19 Estados diferentes, contra 18 no mesmo trimestre do ano passado.
Já a velocidade de vendas (VSO) chegou a 28 por cento, ante 27 por cento no segundo trimestre e 21 por cento de janeiro a março. No mesmo período do ano passado, a VSO havia sido de 19 por cento.
Segundo a MRV, o avanço reflete o foco na venda do estoque, com a empresa "gerenciando os lançamentos conforme a demanda de mercado em praças específicas, e balanceando os estoques disponíveis".
No acumulado do ano até setembro, a companhia somou vendas de 3,864 bilhões de reais, alta de 39 por cento sobre igual intervalo de 2012.
REPASSES AOS BANCOS Em relação ao número de repasses aos bancos, a companhia informou um aumento de 27 por cento sobre um ano antes, para 10.655 unidades no terceiro trimestre. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, por outro lado, houve queda de 15 por cento.
"Se não tivéssemos tido greve nos bancos, o repasse seria maior", afirmou Corrêa, a respeito da paralisação nas agências que começou em meados de setembro e terminou recentemente.
Nos moldes de outras empresas do setor, a MRV não traçou metas de vendas e de lançamentos para 2013. Segundo Corrêa, no entanto, os lançamentos do quarto trimestre serão "significativamente superiores" aos do terceiro trimestre.
A MRV vai divulgar seu demonstrativo completo de resultado do terceiro trimestre em 11 de novembro.



RJ e SP registram alta de 13% nas vendas de imóveis.

São Paulo - A venda de imóveis residenciais novos cresceu 13% no primeiro semestre, em nove estados do país, na comparação com igual período do ano passado.
O dado faz parte do levantamento divulgado hoje (15) pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
De janeiro a junho de 2013, foram comercializadas 54,2 mil unidades ante 48 mil no ano anterior.
O resultado foi puxado pelos números da região metropolitana de São Paulo e do município do Rio de Janeiro, considerando que somente os dois apresentaram alta de 39% e 8% nas vendas, respectivamente.
A participação dessas regiões no mercado imobiliário aumentou de 51% para 61% este ano. Somente em São Paulo foram comercializadas 28,7 mil unidades.
Nas outras sete regiões apuradas, houve retração.
A maior queda ocorreu na região metropolitana de Fortaleza (CE), onde foram vendidas 900 unidades a menos do que em 2012, uma redução de 32%. Em seguida, aparece Belo Horizonte (MG), com queda de 16% nas vendas. As regiões metropolitanas de Goiânia (GO) e do Recife (PE) tiveram redução de 9%.
Porto Alegre e a região metropolitana de João Pessoa (PB) tiveram recuos menores, com 4% e 5%, respectivamente.
Na Bahia, os números apurados nos municípios de Salvador, Lauro Freitas, Camaçari e Feira de Santana mostraram decréscimo de 3% nas vendas de imóveis novos.
O levantamento mostra ainda que houve avanço de 9% no número de unidades residenciais lançadas de janeiro a junho.
Foram 3,9 mil unidades a mais este ano, passando de 41,6 mil, em 2012, para 45,5 mil. Além de São Paulo (41%) e Rio de Janeiro (9%), houve crescimento nas regiões metropolitanas de Goiânia (50%) e João Pessoa (48%).
Em Belo Horizonte também foi registrado acréscimo, mas em menor proporção: 2%. No comparativo de lançamentos e vendas, no primeiro semestre deste ano foram comercializadas 8,7 mil unidades a mais do que lançadas.

Fonte: http://exame.abril.com.br

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Entrevista de Ricardo Amorim ao Valor Econômico sobre bolhas imobiliárias.

Tido como um dos motores de qualquer economia, o ramo imobiliário no Brasil nunca esteve tão na mira de empresários e investidores nacionais e estrangeiros como nos últimos sete anos. Foi nesse período que as 14 maiores incorporadoras no país abriram capital na BM&F Bovespa a fim de levantar recursos para suportar o crescimento que viria pela frente. Algumas dessas empresas se deram bem, como a Cyrela Realty, que viu suas ações valorizarem 466,65% desde a realização do IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), em julho de 2005, até o 27/5, conforme cálculos do Valor PRO.

De olho nesse mercado, muitos fundos de investimentos estrangeiros se constituíram ou migraram parte de seus recursos de outros países para o Brasil. Hoje, há em torno de R$ 20 bilhões em fundos de private equity americanos, ingleses, canadenses, chineses e do Oriente Médio, disponíveis para aplicar no ramo imobiliário nacional, segundo levantamento da Ernst & Young Terco. Eles acompanham as oportunidades crescentes de ganhos e apostam em grandes empreendimentos comerciais, chamados de triplo A, nos galpões logísticos que se instalam estrategicamente próximos a grandes rodovias, além de prédios e loteamentos residências. “Tudo isso deve levar o setor a saltar dos atuais R$ 221 bilhões de receita anual para R$ 270 bilhões em até oito anos”, afirma Viktor Andrade, diretor responsável pela área de real estate e que conduziu o estudo na EYT.

As projeções consideraram indicadores relevantes que influenciam diretamente o setor: como o alto déficit habitacional do país, em torno de 5,6 milhões de unidades, a elevada entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED), que no ano passado somou US$ 4 bilhões para imóveis, a disponibilidade de crédito fácil por meio dos recursos da caderneta de poupança, que superaram os R$ 400 bilhões, e de parte do FGTS, ligada ao financiamento da habitação, próximo a R$ 350 bilhões. Além dos recursos dos fundos de private equity e imobiliários e de negociações feitas por meio dos Certificados de Recebíveis imobiliários (CRI).

A pesquisa também aponta para a possibilidade de altos ganhos no país e conclui que a margem bruta operacional do setor imobiliário do Brasil é uma das mais atraentes do mundo. “É o dobro das dos EUA e da China”, considera Andrade. Ou seja, é mais lucrativo construir aqui. Parte disso se explica pela alta valorização dos preços dos imóveis nos últimos anos.

Segundo o Knight Frank Global House Price Index, índice que monitora os preços de imóveis em 55 países, o Brasil foi onde as cifras mais subiram em 2012: 15,2%. Na sequência aparecem Hong Kong, com alta de 14,2%; Turquia, com 11,5%; e Rússia, com 10,7%. Esses indicadores levaram o Brasil a ser considerado pelo segundo ano consecutivo como o melhor mercado para investimento em imóveis entre os emergentes e o segundo a oferecer melhor oportunidade de ganho de capital, atrás apenas de EUA, de acordo com a Associação Americana de Investidores Estrangeiros em Imóveis (Afire).

Tudo isso faz com que muitos economistas olhem com otimismo para o setor. “Percebo nitidamente que existe um potencial enorme para o ramo imobiliário no Brasil”, afirma o professor titular do I n s p e r, Eduardo Giannetti da Fonseca, que aposta em uma década de crescimento para este ramo de atividade.

E se esse ritmo de alta nos preços levanta suspeitas sobre estouro de bolha imobiliária, o economista Ricardo Amorim, sócio da Ricam Consultoria, contesta. Um levantamento que fez no qual analisou as bolhas imobiliárias que ocorreram pelo mundo desde 1900, conclui o contrário. “Todas as bolhas que encontrei estouraram quando o total do crédito imobiliário superava 50% do PIB e, em alguns casos, passava de 130%. Nos EUA, em 2006,umano antes dos preços começarem a cair, era de 79% do PIB. No Brasil, apesar de todo crescimento dos últimos anos, este número é hoje de 7% do PIB. Além disso, algumas regras do sistema financeiro do país nos protegem. Não é possível hipotecar, por exemplo, mais de uma vez o mesmo imóvel por aqui, como aconteceu lá fora”, afirma Amorim.
Apesar da disparada dos preços dos imóveis no país, o professor de finanças da Fundação Getulio Vargas Fabio Gallo lembra que se comparados os valores do mercado imobiliário do Brasil a outras localidades verifica-se que os preços ainda não estão tão elevados como na Europa, Israel ou Ásia. Mas, quando a comparação é feita com os vizinhos latinos, tem-se um nível de preços elevado. “A média do metro quadrado em Londres está em US$ 21.760, em Tóquio, US$ 15.122, na China, US$ 6.931, e no Brasil, US$ 3.836, enquanto que no Chile o valor médio do metro quadrado está em US$ 1.792”, afirma Gallo, que realizou recente estudo global sobre o setor.

Não fosse o ano de 2012, no qual houve uma pequena retração nas vendas — que já se reverteu no primeiro quadrimestre deste ano — pode-se dizer que a última década gerou uma escalada de números generosos para todos os que resolveram aproveitar a boa onda dos imóveis no Brasil. De 2003 para cá, o volume de crédito concedido pelo sistema financeiro de habitação saltou de R$ 2,21 bilhões, com 36.480 unidades financiadas, para R$ 82,76 bilhões e 453.209 unidades. Em volume financeiro, o crescimento foi de 4.575%, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

“O setor deve crescer mais fortemente este ano, 15% ao menos. No ano passado, houve uma pequena retração nas vendas porque elas vinham crescendo em um ritmo muito forte: 40%, 65% em alguns anos. Nenhum setor suporta essa velocidade. O ideal é crescer 15%, 20% ao ano e se estruturar para isso”, afirma Octávio de Lazari Júnior, presidente da Abecip, que não acha impossível que o Brasil chegue em três anos a um total de dois milhões de unidades financiadas pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

As vendas acumuladas no primeiro quadrimestre só na Região Metropolitana de São Paulo mostram que isso é possível. Foram 12.077 unidades lançadas, alta de 37,4% sobre igual período de 2012. Em março somente, foram vendidas 4.087 unidades na região, um crescimento de 83,9%, e lançados 2.845 unidades, 80,35% a mais em relação a março de 2012, de acordo com a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Caixa atinge R$ 100,1 bi em crédito imobiliário.

O valor é 35,4% superior aos R$ 74,0 bilhões em financiamentos realizados no mesmo período de 2012.


São Paulo - A Caixa Econômica Federal atingiu R$ 100,1 bilhões em contratações do crédito imobiliário entre 1º de janeiro e 27 de setembro. O valor é 35,4% superior aos R$ 74,0 bilhões em financiamentos realizados no mesmo período de 2012 e corresponde a 94% do total do crédito imobiliário executado pelo banco no ano passado.
Em nota, a Caixa reiterou a expectativa de que, até o final de 2013, sejam atingidos mais de R$ 130 bilhões em financiamentos imobiliários.
Até o fim de setembro, o empréstimo para a compra deimóveis novos correspondeu a R$ 64,5 bilhões, o equivalente a 64% do total contratado. O crédito para compra de imóveis usados somou R$ 35,5 bilhões, representando os 36% restantes. O porcentual médio dos empréstimos em relação ao valor dos imóveis (chamado de loan to value, LTV) chegou a 73%.
Do total contratado, R$ 59,6 bilhões foram destinados aos financiamentos para aquisição ou construção de imóveis por pessoas físicas e R$ 40,4 bilhões foram negociados em financiamentos para a produção de empreendimentos. O financiamento à produção tem aumentado a sua participação nos últimos anos. Em 2007, correspondia a 14% do total do crédito imobiliário, enquanto em 2013 representa 40% desse montante.
O número de contratos assinados superou 1,4 milhão, o que corresponde a mais de 5,6 mil contratados fechados por dia. A idade dos tomadores de crédito tem decrescido nos últimos anos, segundo a Caixa. O total da carteira do banco tem 44% dos clientes com menos de 35 anos de idade, enquanto nos contratos assinados exclusivamente em 2013 esse porcentual é de 57%.
Dos empréstimos realizados até aqui, foram aplicados R$ 33,1 bilhões com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); R$ 45,3 bilhões do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE); e R$ 14,1 bilhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).

Novo limite de crédito pode elevar preço dos imóveis.

O aumento do limite de financiamento da casa própria com FGTS de R$ 500 mil para R$ 750 mil pode elevar a cotação dos imóveis nessa faixa de preço.


São Paulo - O aumento do limite de financiamento da casa própria com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 500 mil para R$ 750 mil pode elevar a cotação dos imóveis prontos nos Estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e no Distrito Federal nessa faixa de preço.
"Isoladamente, o efeito potencial dessa medida é estimular a demanda e pressionar preços", diz o coordenador do índice FipeZap de preços de imóveisanunciados na internet, Eduardo Zylberstajn. Ele frisa, no entanto, que esse efeito é potencial, uma vez que não é apenas a maior oferta de crédito que influencia a compra do imóvel, mas pesam outros fatores.
Nesse rol, o economista aponta a renda e o emprego, que já não têm o mesmo vigor do passado recente. Além disso, segundo Zylberstajn, há oferta maior de imóveis. Esses fatores podem atenuar o impacto positivo do aumento da disponibilidade de crédito nos imóveis de R$ 500 mil a R$ 700 mil.
A participação dos imóveis prontos, novos e usados nessa faixa de preço no total de anúncios na internet é significativa. Segundo o economista, representa 19% nos Estados de São Paulo e Minas Gerais; 18% no Distrito Federal e 20% no Rio.
Apesar de o economista ressaltar que o mercado imobiliário está esfriando, os indicadores ainda são positivos. Segundo o índice FipeZap, o preço do metro quadrado dos imóveis prontos neste ano acumula alta de 10,5% no Rio e de 8,6% em São Paulo até agosto. No Distrito Federal e em Minas Gerais, a alta é mais moderada, de 2% e 1,5%, respectivamente.
Para a diretora jurídica da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa), Ana Carolina Bernardes, ainda não é possível saber como o mercado deve responder às mudanças para uso do FGTS, mas há uma tendência de alta. "Quando houve aumento no teto do FGTS, os preço subiram. Acreditamos que o mercado deve responder da mesma maneira."
Fonte: Exame



Venda de imóveis em SP cresce 45% em 2013, segundo Secovi.

São Paulo - O volume de vendas de imóveis na cidade de São Paulo de janeiro a agosto de 2013 teve uma alta de 45,8% em relação ao mesmo período de 2012, segundo a última pesquisa do Mercado Imobiliário, do Secovi-SP (sindicato da habitação)De acordo com o levantamento, foram vendidas 22.638 unidades nos primeiros oito meses deste ano, ante 15.530 unidades do mesmo período do ano passado.
Na comparação com o mês de julho de 2013, quando foram vendidos 1.674 imóveis, houve um aumento de 106,9%.
O estudo mostra também que o segmento de dois dormitórios se destacou nas vendas de janeiro a agosto, representando 44,4% (10.048 unidades) do volume total.
Lançamentos
Também foi registrada uma alta no número de lançamentos. Segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudo de Patrimônio), até o oitavo mês deste ano foram lançadas 18.261 unidades, aumento de 39,1% ante mesmo período de 2012, quando foram inaugurados 13.127 imóveis.
Apenas em agosto deste ano, foram lançadas 2.875 unidades, aumento de 104,9% em relação a julho deste ano (1.403 unidades) e de 38,4% na comparação com o mês de agosto de 2012, quando foram lançadas 2.078 unidades. 
Regiões com mais lançamentos
Cinco distritos da cidade foram responsáveis por 32% do total de lançamentos do acumulado do ano. Dentre eles, a Barra Funda concentrou o maior número de unidades lançadas (1.533), seguida pela Vila Andrade, com 1.198 unidades, Vila Prudente, com 1.125, Itaim Bibi, com 1.109, e Lapa, que teve 927 novas unidades.